quinta-feira, agosto 04, 2005

Armas de destruição em massa



Vale lembrar: há 60 anos, o país que escolheu o automóvel e as armas de fogo como estilo de vida praticou o mais eficiente e rápido genocídio da história humana. Em 6 de agosto de 1945, a primeira bomba em Hiroshima matou na hora 70 mil civis; em Nagasaki, 3 dias depois, mais 40 mil mortos instantâneos. O número de vítimas reconhecidas oficialmente chegou a 220 mil.

"A imagem do Paraíso é simples: cada norte-americano tem um automóvel e uma arma de fogo". (...) "Em cada 6 dólares que gasta o cidadão médio norte-americano, um é destinado ao automóvel; de cada seis horas de vida, o mesmo cidadão reserva um hora para viajar de carro ou então a trabalhar para pagar seu veículo; e de cada 6 empregos existentes no "paraíso", um está direta ou indiretamente relacionado com a violência e as suas indústrias" afirma o uruguaio Eduardo Galeano.

Os EUA são o país do mundo com o maior arsenal de armas de destruição em massa e de uso "caseiro" (aquelas utilizadas por garotos de 15 anos para matar seus colegas em escolas secundárias). Para dar vazão à produção de armas, é necessário criar conflitos, ocupar países, instalar bases e auxiliar milícias ou bandos organizados ao redor do mundo. Na última aventura oficial, Texaco-Bush botou boa parte do arsenal na disputa pela região conhecida como Grande Poço de Petróleo do Mundo. 25 mil civis iraquianos foram mortos até agora, mas nenhum McDonalds foi aberto em Bagdá.

As máquinas da guerra são chamadas "armas". As máquinas da sublime dominação cotidiana têm outros nomes: computadores, celulares, televisão, bolsas de valores, revista Veja, cotação do dólar, automóveis... Matam da mesma forma que as primeiras, às vezes de forma lenta e imperceptível, às vezes de forma instantânea como uma explosão atômica. As máquinas-automóveis, por exemplo, matam no Brasil 50 mil pessoas por ano, o dobro do número de civis mortos no Iraque em 2 anos de intervenção. Ou, se preferir, um quarto dos mortos de Hiroshima e Nagasaki.

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Comments:
mano, valeu o link! qto aos EUA: taí um país formado pela guerra, não tem jeito. treta contra os ingleses, anexação da califórnia, secessão... sem contar que eles forraram os bolsos com a 2 Guerra Mundial.. não é coincidência que lá seja o pico-chave do modelo de vida automóvel particular. e eu aqui sonhando que o bilhete único valesse praquela primeira tarifa do táxi (os R$3,50 pra sentar no banco, tá ligado)...
 
Pegou no nervo meu irmão!
E nossas armas serão outras. Até o final. Porque mesmo que não se queira pegar em armas (e eu não quero) vamos precisar de munição de algum tipo ou calibre, espiritual ou psico-explosivo-mental nessa resistencia que já começou a tempos e que vai continuar.

Pedalero
 
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